(i)literacias

quinta-feira, julho 28, 2005

Sourcing demasiado "Out"


"«Fazer ou comprar?». Este é o dilema típico de um processo de outsourcing. Mas a definição do conceito implica, antes de mais, a sua tradução. Entre as mais vulgarizadas incluem-se: «mandar fazer fora», o «recurso a uma fonte externa», a externalização ou, muito simplesmente, a subcontratação. Considerando uma definição mais ampla, o outsourcing é um processo através do qual uma organização (contratante) contrata outra (subcontratado), na perspectiva de manter com ela um relacionamento mutuamente benéfico, de médio ou longo prazo, com vista ao desempenho de uma ou várias actividades, que a primeira não pode ou não lhe convém desempenhar e que a segunda é tida como especialista."
Este foi apenas um dos conceitos que resultou da minha profícua aprendizagem no mundo dos callcenters. Em dois meses de formação (o último dos quais tinha o hilariante nome de formação "on job") aprendi que para o atendimento ao cliente a última coisa que interessa é resolver problemas. Aliás, é incompatível o tempo médio de duração de chamada (objecto de avaliação) com qualquer tentativa de resolução seja do que for.
resumindo e baralhando só o "nou-au" (outra brilhante expressão) nos livra da depressão das chamadas em espera, das janelas que têm que ser preenchidas a mais detalhada informação, ainda que o cliente se tenha simplesmente enganado no número. palavra de honra que nunca julguei ser possível ter tempo contado para ir à casa de banho.
Pró-activamente, despedi-me!!

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quarta-feira, julho 27, 2005

Nada se perde, tudo se transforma...

Demasiadas coisas que(se)passam e eu sem tempo para racionalizar. O barulho do beijo salgado que a Lena D´agua me atira do mediaplayer faz lembrar que os anos, ao invés de nos tornarem esquisitos, tornam-nos complacentes, pacientes e em alguns casos, pouco esquisitos. A mochila dos 80, sempre com o seu indelével odor a bafio, não perdeu o padrão cortina-da-auto-caranava-foleiro-até-mais-não, não rasgou, não se mexeu um milímetro sequer do alto do armário colonial.
Os populares santos cada vez mais na moda, o copo de três veste-se de azul cobalto,os Euros estão cada vez mais pálidos e enrugados.

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segunda-feira, julho 25, 2005

Então não, coração?


Contradança: diz-se quando não há estabilidade; de um lado para o outro; alterações sucessivas (CF) In Dicionário de Expressões Populares Portuguesas

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domingo, julho 24, 2005

Trejeito "valsâmico"

Há opções que não se tomam, vontades que não se contrariam, fantasmas que não se escondem, arrepios que não desaparecem, chatices que não se evitam, argumentos que não existem, palavras que não chegam a escapar-se por entre incautos lábios de intempestivas personagens modeladas. Como uma valsa corre a vida: o piano toca sempre, nem que seja lá longe, indiferente ao ritmo que a dança toma. De cauda preta, imponente e frio, disponível para que os outros se convençam de que a música lhe sai das entranhas. E "se um fado qualquer suar estafado na sala de estar" é porque há demasiados maestros a querer a sonata da vida. "Com 23 anos ja não faço planos, para quê?"

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quarta-feira, julho 20, 2005

Lágrimas Negras

As notas do jazz que me afagam o rosto lembram-me que há coisas que não mudam. Na mecânica ânsia de ser o mais humanóide possível, o corpo recusa-se a responder a um qualquer estímulo pseudo-pavloviano. A complexidade dos fios arteriais que compõem organicamente aquilo em que me sustento não são mais do que farrapos extraídos duma qualquer usina de raggydolls algures entre a falência e o puro esquecimento. Sai-me sumauma dos grosseiros pontos que fui alinhavando, qual racional pinóquio de eterna madeira. Tenho o mundo e não o quero. Quero a sensação de o ter.

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terça-feira, julho 12, 2005

(desa)guisado

"De tanto levar
Flechada do teu olhar
Meu peito até
Parece sabe o quê
Tauba de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furar
Não tem mais
Teu olhar mata mais do que
Bala de carabina
Que veneno estricnina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que
Atropelamento de artomorve
Mata mais que
Bala de revorve"

(Elis Regina e Barbosa Adoniran)

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segunda-feira, julho 11, 2005

@Tejo


Grande Festival de Música Electrónica!!!Todos os grandes nomes vão estar presentes em onze horas de música sempre a abrir!!!
Perante tão grande histeria festivaleira (e como sou assumidamente uma rapariga das massas) lá resolvi dar um saltinho até ao Tejo. Confesso que calcei o meu melhor preconceito relativamente aos festivais urbanos... e infelizmente a medida não me fez doer os pés.
Claro que a minha euforia festivaleira só vai até onde os meus conhecimentos de electrónica mo permitem (obrigado hassan, pelo menos não me passou ao lado..ainda não estava no recinto - mea culpa -por e simplesmente não vi!)
Porque é que o palco dos concertos estava virado para os histéricos coletes que dançavam ao som de palavras de ordem devidamente imbuídas do espírito (w-o-r-t-e-n-!)...Spektrum? E reformulo...Um flop, pelos vistos...Menos alucinogénicos não faziam mal nenhum...
Mas mantenho: tirando os Chemical Brothers, a noite não foi muito diferente de uma qualquer sexta-feira na Via Latina...Com a agravante que não corria o risco de adormecer até à cama que estava a duas horas e meia de distância. E a crítica, ou esteve adormecida, ou achou que não valia a pena comentar o Hype.
Feitas as contas (ao Domingo em que só estive acordada o tempo suficiente para comer qualquer coisa; ao dinheiro que gastei) não estou arrependida. É como a história do pionés no mapa: been there, done that. Não me apanham noutra.

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sexta-feira, julho 08, 2005

Ai...Brasileiro!


A propósito de umas pesquisas relacionadas com a área da saúde, descobri que os brasileiros têm (ainda mais) pontos em comum com os norte-americanos: como diria a minha sábia avó - "tudo farinha do mesmo saco". E vai daí (adoro esta) a brasileirada resolveu tecer considerações sobre a ressaca. Ora como o assunto é recorrente ( e o estado também)...
Ora cá vai disto:

"Misturar drinks diferentes não piora a sua ressaca. O que importa é a quantidade de álcool que você ingeriu. O que acontece muitas vezes é que ao misturarem bebidas de teor alcóolico diferentes, as pessoas perdem a noção do quanto estão bebendo." (Não adoram?)

"Essa história de que ressaca se cura com mais álcool é lenda. De fato, alguns sintomas podem melhorar. O mecanismo se assemelha a abstinência de drogas, o organismo sente falta de determinadas químicas. Mas ingerir mais álcool pode acabar levando à dependência (a parte moralista sempre presente) e, a curto prazo, pode agravar mais os enjôos."

"Evite água de coco. Ela demora a ser absorvida pelo organismo, por ser mais concentrada em sais do que o sangue. (Claro que a primeira coisa da qual me lembro mal acordo com ressaca é da água de côco...é inevitável...)"

"Ingerir água enquanto ingere bebidas alcóolicas reduz as chances de uma ressaca. Já reparou que os apreciadores de vinho sempre têm um taça de água para acompanhar? (estou mesmo a imaginar a cena: Ó xô Bítor - que é para facilitar - uma Carlsberg e um copinho de água pa abater na ressaca de amanhã!!)"

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quinta-feira, julho 07, 2005

Ode à Beldroega


Portulaca oleracea é, segundo Lineu, o nome botânico da beldroega. O esquecido legume é objecto de uma interessante croniqueta em http://online.expresso.clix.pt/cronica/artigo.asp?id=24751012. Leiam.

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Qué palavra?

Numa altura em que a verborreia é rainha e senhora, importa tentar perceber onde raio vão as pessoas buscar certas palavras para depois as repetirem até à exaustão. A primeira que me vem à memória é "galvanizar": serve para tudo..só não tira é finos. E a piada é que aparece sempre no infinitivo, como se fosse um bibelô que alguém deixa propositadamente à beirinha de um armário. Está provado (parafraseando uma habitual expressão de quem não conseguiu ainda solidificar os gelatinosos argumentos surripiados algures entre conversas) que a vertente informativa e pedagógica da comunicação social ( e com isto refiro-me a TODA a comunicação que é social) se perdeu. Qual op interesse em (in)formar pessoas se podemos chapar-lhe com palavras de 5 euros nas ventas e esperar que elas as repitam até que lhes pareçam familiares?

Vou tentar aprender uma palavra nova todos os dias.

Galvanizar - de Galvani, n. pr.
v. tr.,
1-submeter, sujeitar à acção da pilha galvânica;
2-pratear ou dourar por meio de galvanoplastia;
3-recobrir o ferro com uma leve camada de zinco, zincar;
4-dar movimento aos músculos em vida ou pouco depois da morte, por meio de electricidade galvânica;

fig.,
1-reanimar, dar vida fictícia a;
2-excitar, estimular.

Surripiar - do Lat. surripere
v. tr.,
furtar;roubar;subtrair às escondidas.


Ventas - do Lat. *ventana < ventu
s. f.,
cada uma das aberturas exteriores das fossas nasais;
(no pl. ) nariz;
pop., (no pl. ) cara;
fig.,
(no pl. ) fisionomia; aspecto; olfacto.

levar nas -s: apanhar pancada;
ter pêlo na -: ter mau feitio, mau génio.

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quarta-feira, julho 06, 2005

Ele há com cada uma...

A sensiblidade auditiva é algo que está acautelado na lei. Aliás, no Código da Estrada ( e era o exemplo a que me referia), os DGV´s estabalecem que todos os veículos motorizados (chicolateiras e zundaps incluídas) não podem berrar a mais de x decibéis. Pois eu cá (por mim só) creio que haveria todo o interesse em estender a lei às bocarras de toda a gente. Era preciso pôr um estrangulador (daqueles que se punham nas aceleras para os putos nao andarem a mais de 50km/h) nas carótidas de alguns grandes queridos, não sem antes pô-los a fumar 2 maços por dia, para ver se a coisa se resolvia de vez...Digamos que a voz condiciona imenso a paciência que temos para as pessoas e a ideia que fazemos delas. Já estou a imaginar a polícia a multar a Querida que apresenta o programa na RTPN "Portugal a Cantar": "nha snhora, são 200 eurecos por cada expressão idiota, 100 por cada gritinho irritante e 500 por cada vez que o som da tv estiver no mínimo e ainda assim for audível esse horroroso gráfico vocal.
Francamente, não consigo conviver com vozes policromadas...

Posted by XAyiDe :: 4:57 da tarde :: 0 Comments:

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terça-feira, julho 05, 2005

Americanices

Estava eu (uma vez mais) a lutar com a janela do MSN que teima em aparecer cada vez que quero abrir uma nova página web (não, caríssimos, não é incapacidade informática da minha parte) quando dou de caras com uma box que dizia o seguinte: "Is you name hot...or not?".
1 - Não sei quem é a Susan que aparece sorridente na página principal (deve ter sido uma das "cobaias" deste "estudo")
2 - O estudo é da MIT researcher Amy Perfors (Se criarem estudos à mesma velocidade que comem hamburguers, estamos tramados)
2.1 - passo o estereotipo
3 - basicamente a ideia é que os nomes contribuem muito para a imagem que os outros têm de nós e um nome sexy e muito feminino atrai o sexo masculino mais imediatamente
4 - Eles gostam é de uma Laura ou de uma Carmen: vivam as vogais abertas que atraem a rapaziada...Acredito quwe o resultado deste estudo é condicionado pelo meio...Sim, porque alguém chamada "Cátia Vanessa" granjearia,no mínimo, a risota de alguns...
5 - Elas gostam de nomes mais docinhos: David, Diogo...Se bem que a coisa acaba por nao ter grande importãncia depois, já que o nome é rapidamente substituído por "mimi", "tritri", "fôfu" e outras pérolas afins...
6 - Antes que a americanada desatasse toda a mudar os nomes ( e a dinheirama que se gastava a trocar as matrículas dos carros), a autora avisa que este é apenas um estudo preliminar...
7 - God Bless America!!

Posted by XAyiDe :: 12:41 da tarde :: 1 Comments:

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sexta-feira, julho 01, 2005

Produtividade

0?

Posted by XAyiDe :: 2:10 da tarde :: 0 Comments:

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